Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), estima-se que cerca de 60% da população do país desenvolvem nódulos na tireoide, sendo este um problema muito comum.
Porém, o tratamento ablativo de nódulos na região da tireoide só pode ser realizado em casos nos quais estes são benignos. Isso porque, nesse procedimento, a glândula não é retirada por completo, sendo realizada apenas a destruição das células do nódulo através de calor gerado por uma agulha.
Nos tratamentos tradicionais, há três linhas: radioiodoterapia, medicamentos ou cirurgia. Os medicamentos e a radioterapia são indicados para casos onde os nódulos benignos são funcionantes, como aqueles que causam hipertireoidismo ou hipotireoidismo.
Já a cirurgia pode ser realizada em casos de nódulos benignos sintomáticos ou para melhora cosmética, naqueles quadros com nódulos funcionantes com falha de tratamentos prévios, além de casos onde se tem o diagnóstico de malignidade.
O diagnóstico desses nódulos deve ser feito através de
punções aspirativas por agulha fina (PAAF) ou por uma
agulha com maior calibre (core biopsy), guiadas por
ultrassom. A
ablação
deve ser indicada para aqueles nódulos com
diagnóstico benigno
(pelo menos duas punções) que sejam
sintomáticos
ou que gerem algum
descontentamento estético no paciente.
A definição do tratamento deve levar em conta o tipo de nódulo. O maligno será tratado, independente das dimensões dele; enquanto para casos de nódulo benigno nem sempre há necessidade de intervenções, principalmente em quadros assintomáticos.
Porém, nos casos benignos, quando há sintomas, como as dificuldades com respiração e deglutição, o médico avaliará qual a forma de tratamento mais adequada, se necessário.
É preciso levar em conta os riscos e a qualidade da cirurgia, já que muitos nódulos benignos não apresentam prejuízos na produção de hormônios. Por isso, é importante considerar os efeitos da cirurgia, como a estética da cicatriz e a reposição hormonal, que geralmente se torna necessária nesses casos.
É justamente nesse cenário em que a ablação de nódulo na tireoide pode ser uma alternativa pouco invasiva, eficaz e precisa. Ela é feita por radiofrequência e permite a preservação das funções tireoidianas. Ainda, evita a cicatriz cervical e o uso de medicamentos contínuos, como os hormônios.
Como mencionado, o procedimento não retira nada da glândula, mas provoca a morte das células do nódulo através do calor produzido no interior do nódulo. Além disso, a ablação pode ser realizada também nos nódulos benignos funcionais, que liberam hormônios.
O procedimento faz com que as células do local morram depois de sofrerem o efeito térmico, diminuindo o nódulo consideravelmente e permitindo que as células mortas sejam absorvidas pelo organismo naturalmente.
A ablação de nódulos na tireoide é feita com anestesia local e/ou sedação leve/moderada por meio de uma agulha ligada a um aparelho específico, que gera o calor mencionado acima. Todo procedimento é guiado por ultrassom, sendo que este localiza o nódulo e as estruturas do seu entorno, permitindo um tratamento de grande precisão.
Esse processo começa a ser sentido depois de um mês do procedimento. Depois de seis meses a um ano de tratamento, a melhora é de fato notada do ponto de vista sintomático e estético.
Porém,
a realização de mais de uma sessão de ablação pode ser necessária para alcançar os objetivos de maior redução no nódulo ou por outras indicações, não havendo limites para sua realização.
O procedimento de ablação dos nódulos da tireoide é um método moderno, preciso e muito eficaz no tratamento desse problema, sendo uma maneira pouco invasiva para resolver problemas gerados por nódulos tireoidianos benignos sintomáticos.
Com este tratamento, é possível se livrar da temida cicatriz e da necessidade de repor hormônios para o resto da vida.
Gostou desse conteúdo? Então
acesse a nossa Central Educativa
e confira outros materiais como esse!
Obrigado pela mensagem!
Entraremos em contato em breve.
Ops! Parece que houve um erro!
Tente novamente mais tarde.