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Tratamento para miomas uterinos: opções de cirurgias sem cortes

CIGI • nov. 13, 2021

Também conhecido como fibroma ou leiomioma, o mioma uterino é um tipo de tumor benigno que se forma no tecido muscular do útero. O tratamento pode ser realizado a partir de técnicas da radiologia intervencionista, com métodos menos invasivos, precisos e sem a necessidade de cortes.


De acordo com a
Sociedade de Radiologia da América do Norte (Radiological Society of North America - RSNA), o fibroma uterino acomete cerca de 50% das mulheres acima dos 40 anos, sendo que aproximadamente metade desses casos apresentam sintomas, como irregularidades menstruais e cólicas intensas.


Apesar de raramente se espalharem para outras partes do corpo ou oferecerem riscos graves, é importante estar atenta à sua saúde pois, como visto,
é um problema que atinge uma grande parcela da população feminina, sobretudo mulheres em idade reprodutiva (dos 20 a 50 anos) e que têm histórico de miomas na família.


O
tratamento para mioma uterino envolve desde o uso de anti-inflamatórios para aliviar a dor de cólicas provocadas pelos tumores, até operações cirúrgicas para a retirada completa do fibroma. Atualmente, com técnicas da radiologia, é possível fazer procedimentos seguros, não-invasivos e bastante precisos para eliminar os miomas. A seguir, conheça os principais métodos: embolização e radiofrequência.


Tratamento para mioma uterino: a Embolização

A embolização é uma forma de tratamento para mioma uterino considerada pouco invasiva. A técnica evita a retirada do útero, além de oferecer um pós-operatório mais curto e confortável para a paciente. O procedimento é, em geral, feito sob regime de internação com aplicação de anestesia local.


A embolização tem como
objetivo fazer com que os tumores diminuam de tamanho a partir da obstrução das artérias que levam sangue e nutrientes para os miomas. Há uma punção na virilha da paciente, para o acesso femoral. Então, insere-se um catéter que é conduzido às artérias uterinas com o auxílio de um equipamento de radioscopia digital, gerando imagens em tempo real. 


Dessa forma, liberam-se
microesferas com substâncias de efeito permanente e biocompatíveis (que não oferecem risco à saúde), responsáveis pelo bloqueio da artéria uterina. Com a supressão da passagem de sangue e nutrientes, os miomas tendem a se degenerar e reduzir de tamanho.


Trata-se de um
método sem incisões e indicado principalmente para mulheres que precisam retirar os miomas em decorrência do sangramento excessivo. Mulheres com adenomiose isolada também podem podem ser tratadas a partir da embolização. Lembrando que o procedimento não elimina os miomas, mas faz com que eles reduzam de tamanho.


Tratamento para mioma uterino: a Radiofrequência

O uso da radiofrequência para o tratamento de mioma uterino é uma nova técnica que, de acordo com uma pesquisa publicada na Revista Green Journal, da Escola Americana de Obstetrícia e Ginecologia (The American College of Obstetrics and Gynecology - ACOG), tem apresentado resultados bastante positivos no que diz respeito a procedimentos menos invasivos e eficazes para a saúde da mulher.


A
técnica consiste na ablação dos miomas uterinos com a radiofrequência. Na prática, insere-se uma sonda transvaginal para a localização exata dos tumores com o auxílio de imagens de ultrassom. Acopla-se uma agulha na ponta deste cateter, conectada a um gerador de energia capaz de destruir os miomas por meio da ablação.


Como a sonda é inserida por meio transvaginal,
não há cortes nesse procedimento, o que confere bastante segurança, um pós-operatório mais confortável e com menor risco de complicações para a paciente. A radiofrequência é geralmente feita com anestesia local ou com uma sedação leve


Quando não há complicações ou necessidade de outras técnicas complementares, os pacientes podem retornar às suas atividades cotidianas de
3 à 4 dias após o procedimento.


É importante mencionar que, apesar dos dois procedimentos se apresentarem como
seguros, nem sempre é possível fazer o tratamento de mioma uterino a partir deles. Há quadros, por exemplo, em que a operação cirúrgica se faz necessária em complemento dessas técnicas. 


Para saber qual é a
melhor solução para o seu caso, é indispensável que você tenha um diagnóstico claro e esteja sempre acompanhado por um médico especialista na área.


Para conhecer outros procedimentos menos invasivos e que utilizam a tecnologia da radiologia para um tratamento mais preciso e humanizado,
continue acompanhando os conteúdos do CIGI.

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