Desmistificando a punção de tireoide

Até pouco tempo atrás, apalpar era a única forma de identificar nódulos na região do pescoço, mas, com o avanço tecnológico, os métodos diagnósticos foram se tornando mais precisos. Atualmente, um dos exames mais utilizados para diagnóstico de nódulos na tireóide é o ultrassom seguido de punção diagnóstica.

O ultrassom de tireoide faz uma avaliação inicial na qual analisa, através de classificações, a possibilidade dos nódulos serem benignos ou malignos. Em alguns casos, é muito difícil saber quais desses nódulos são benignos ou malignos e então se indica uma punção aspirativa diagnóstica com agulha fina (PAAF).

Criamos este artigo para desmistificar a punção de tireoide, que é, atualmente, uma das melhores opções de diagnóstico desses nódulos.

O que é PAAF da tireoide?

A Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) é uma das maneiras mais precisas para identificar e classificar os nódulos tireoidianos.



Ela serve para que o profissional de saúde possa determinar a natureza do problema através da análise do nódulo com uma amostra de poucas células. Dessa forma, a PAAF possui a capacidade de identificar quais das lesões encontradas são realmente perigosas e necessitam de tratamento.

Indicações

As principais indicações da punção de tireoide envolvem esses tipos de nódulos:



• Classificados como TIRADS 4 ou 5;
• Com calcificações ou microcalcificações;
• Com contornos irregulares ou exofíticos;
• Sólidos e marcadamente hipoecogênicos;
• Indeterminados.

É um procedimento rápido, sem necessidade de internação e que identifica a característica da lesão na maioria dos casos.

A principal vantagem da punção de tireoide consiste no fato de ser um exame pouco invasivo que possui raras chances de complicações.

Em poucas situações a punção pode não ser diagnóstica ou pela característica do nódulo ou pela obtenção de pouco material no ato da punção (5 a 10% dos casos).

Como é feito o procedimento?

Com auxílio do ultrassom, é introduzida uma agulha fina na pele do paciente, que chega até o nódulo tireoidiano. Dessa forma, são recolhidas amostras de células do tecido local para avaliação.

É um procedimento simples e ambulatorial. É aplicada apenas uma anestesia local e a permanência média do paciente no local de realização é de no máximo uma hora.

Sendo assim, não há necessidade de internação, com raras queixas no pós-procedimento, sendo a mais comum um leve desconforto no local da punção.

Cuidados no pós-operatório e o que esperar

Depois de realizado o procedimento, mesmo que haja desconforto no local, não há necessidade de se afastar das atividades diárias. A punção de tireoide apresenta raramente complicações graves; eventualmente, pode se formar no local um pequeno hematoma que costuma ser absorvido em poucos dias.

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